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Evento inédito em Belém debate glaucoma congênito na infância 5iw5y

Mães, especialistas e gestores da saúde pública e privada se unem para ampliar o olhar sobre o diagnóstico precoce e o cuidado integral de crianças com glaucoma congênito 431e4j
Foto: Jader Paes
Evento inédito em Belém debate glaucoma congênito na infância

Gabrielle, diagnosticada com glaucoma congênito, participou do evento ao lado da mãe, Stefanie Ribeiro. Juntas, elas representam a força e a esperança das famílias que enfrentam os desafios da condição e buscam, com apoio da rede de saúde, mais visibilidade e políticas públicas voltadas à causa. 1i5iu

Nesta segunda-feira (26), data em que se celebra o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, Belém deu um o inédito na promoção da saúde infantil ao reunir, no auditório da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, mães de crianças diagnosticadas com glaucoma congênito, profissionais da saúde, representantes da gestão municipal e estadual e membros da iniciativa privada. O encontro, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) e pela Associação das Mães de Glaucoma Congênito, teve como objetivo principal dar visibilidade a uma condição oftalmológica rara, mas extremamente grave, que pode levar à cegueira ainda nos primeiros anos de vida.

Com foco na construção de uma rede de cuidado mais eficiente, integrada e sensível às necessidades das crianças e famílias, o evento discutiu estratégias para o diagnóstico precoce, tratamento cirúrgico, reabilitação visual e inclusão do tema nas políticas públicas municipais de saúde.

“É muito importante estarmos aqui, como gestão municipal, fazendo parte desse primeiro evento sobre glaucoma congênito. Estamos tratando de uma doença com sintomas silenciosos, muitas vezes imperceptíveis, especialmente para famílias que não têm o à informação e à educação em saúde”, destacou o secretário municipal de Saúde de Belém, Rômulo Nina. “Quantas outras crianças não conseguiram identificar o problema a tempo? Quantas não souberam onde procurar ajuda? Esse evento é o início de um movimento que precisa crescer dentro da nossa rede de atenção”, concluiu.

O secretário municipal de Saúde, Rômulo Nina, no evento que reuniu profissionais e famílias para discutir o glaucoma congênito em Belém.- Crédito: Jader Paes

Uma doença rara e silenciosa 5m336z

O glaucoma congênito é uma doença oftalmológica rara que pode estar presente desde o nascimento, afetando o desenvolvimento visual da criança. Os principais sinais incluem olhos maiores do que o normal (buftalmia), fotofobia, lacrimejamento constante e opacificação da córnea. Sem tratamento, o aumento da pressão intraocular pode danificar o nervo óptico e levar à cegueira irreversível.

O tratamento envolve, na maioria dos casos, cirurgia precoce para o controle da pressão intraocular, além de um acompanhamento contínuo com foco na reabilitação visual, estimulação precoce e apoio ao desenvolvimento global da criança. 

Durante o evento, o secretário Rômulo Nina compartilhou o compromisso da gestão com a construção de políticas públicas mais sensíveis às necessidades das crianças com glaucoma congênito.
- Jader Paes

Cuidado ampliado: integração e acolhimento 1g2927

Presidente da Associação do Glaucoma Congênito no Pará, a fisioterapeuta Silviane Nascimento, mãe do pequeno Victor, ressaltou a importância de construir pontes entre os diversos atores da rede de saúde para garantir agilidade no atendimento e acolhimento às famílias.

“A partir do momento em que o Victor foi diagnosticado, entendi a importância de acolher outras mães que am por esse desafio. Com a ajuda da Dra. Isabela, oftalmologista que realizou a primeira cirurgia do meu filho, amos a orientar novas famílias diagnosticadas. Hoje temos mães de Belém, Ananindeua, Dom Eliseu e outros municípios no grupo da associação. O glaucoma não espera. A pressão ocular precisa ser normalizada o mais rápido possível. A cirurgia é fundamental, mas a estimulação visual e o acompanhamento especializado fazem toda a diferença no desenvolvimento dessas crianças”, pontuou Silviane. 

Atualmente, 32 crianças vivem com o diagnóstico de glaucoma congênito e recebem acompanhamento especializado por meio da rede pública de saúde, que contempla desde o tratamento cirúrgico até o e em reabilitação visual e estimulação precoce.

Como funciona o atendimento na rede municipal 5b4z8

A diretora do Departamento de Regulação da Sesma, Thalita Fernandes, explicou como funciona o fluxo de atendimento às crianças com suspeita ou diagnóstico confirmado de glaucoma congênito.

“Tudo começa na atenção primária, nas Unidades Básicas de Saúde, onde o paciente é atendido e encaminhado para o especialista. O cadastro é inserido no sistema de regulação e nossa equipe técnica faz a triagem e direciona para os estabelecimentos adequados, dentro da nossa rede especializada para o cuidado com o glaucoma congênito”, explicou.

A alegria do pequeno Davi Chaves, representa a esperança de muitas famílias que lutam por mais inclusão e cuidado no enfrentamento do glaucoma congênito.
 

Programação reuniu especialistas e experiências 2l2w

Após a mesa de abertura, que reuniu representantes da Secretaria Municipal de Saúde, da Associação das Mães de Glaucoma Congênito e especialistas da área, a programação seguiu ao longo da manhã com uma série de apresentações técnicas e relatos de experiência voltados ao cuidado integral das crianças com diagnóstico da doença.

A primeira a se apresentar foi a oftalmologista Dra. Isabela Almeida, referência no tratamento da doença em crianças, trouxe uma abordagem clínica sobre os desafios e avanços no diagnóstico precoce e no manejo cirúrgico do glaucoma congênito.

Tainah Vidonho, técnica da Sesma responsável pela coordenação do fluxo de atendimento dos casos de glaucoma congênito na rede municipal, que detalhou como funciona o encaminhamento desses pacientes a partir da atenção primária até o atendimento especializado. Em seguida, a diretora do departamento de regulação da Sesma, Thalita Fernandes, detalhou como funciona o encaminhamento desses pacientes a partir da atenção primária até o atendimento especializado.

O secretário municipal de Saúde, Rômulo Nina, ao lado de crianças diagnosticadas com glaucoma congênito que integram a Associação das Mães de Glaucoma Congênito do Pará, de representantes da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e do Grupo Cynthia Charone, parceiro contratualizado da rede municipal de saúde.- Crédito: Jader Paes

A manhã seguiu com a participação do enfermeiro Bruno, da equipe do Dr. Alan, do Hospital Ophir Loyola, que apresentou os procedimentos relacionados ao transplante de córnea em crianças, destacando a importância da agilidade e precisão no encaminhamento desses casos mais complexos. Encerrando a programação, a equipe multiprofissional da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Outeiro compartilhou práticas voltadas à estimulação visual precoce e ao desenvolvimento global da criança. A preparadora física Wendy, a assistente social Flaviana Souza e a terapeuta ocupacional Samara Paiva enfatizaram como o trabalho integrado entre as áreas da saúde contribui para o avanço motor, cognitivo e emocional dos pequenos pacientes, além de oferecer e contínuo às famílias.

O encontro representou um marco para a saúde pública da capital paraense, ao colocar na mesma mesa mães, especialistas, gestores e representantes da sociedade civil com um objetivo comum: garantir que nenhuma criança com glaucoma congênito fique sem diagnóstico, tratamento e acolhimento.

“Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, mas o nosso compromisso precisa se renovar todos os dias. Precisamos comunicar, informar e permitir que as pessoas enxerguem – no sentido literal e simbólico – a urgência desse tema”, finalizou o secretário Rômulo Nina.
 

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